quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tragetória

Me encontro em retorno. Em retorno de sonhos, devaneios e até de determinadas atitudes. Entretanto, não sei se há como ser retrocesso. Tendo em vista que não sou a mesma do momento em que retorno, determinados gestos, formas, manias, crenças e objetivos mudaram. Ou não. Mas sei que não sou a mesma, pois se vivi após o momento, é impossível que um dia retorne ao estado original. Sou química, não física. Entretanto esse retorno me faz pensar se, como sempre imaginei, há de fato um ciclo. Cada vez um ciclo diferente, maior ou menor, de outra cor, alguns com curvas e trepidações, outros mais escorregadios, mas não deixam de ser ciclos. E, por hora, me alegra saber que passarei por milhares deles, retornando, porém sem retroceder. Vivendo em espiral.


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Santíssima Trindade

Se há algo em que acredito são em seres humanos. Seus corpos, almas e espíritos. Acredito em suas paixões, suas bondades, seus amores e loucuras, mas acredito mais ainda em seus pecados. Especificamente em seus pecados. Seus pecados físicos e sexuais, seus pecados românticos, seus pecados contra si mesmos e contra toda a humanidade. São estes que os fazem seres humanos, e são neles que eu acredito. Acredito em todo o caos dos segredos, dos desejos e dos vícios, em toda a escuridão que está na alma de todos nós. Eu acredito. Acredito pois na eterna união do corpo, da alma e do espírito, completamente indissociáveis. Portanto, se o pecado é a carne, saiba que não só sua carne, mas sua alma a pede. Se todas as fibras do seu corpo pecam, saiba que assim peca seu espírito. Logo, saiba que cada pecado é um pouco de você. Não há deslize, não há fraqueza. Só há você. A partir disso não há então porque ter arrependimento, sendo que todos os pecados são apenas um grito que ecoava na alma e no espírito e que em algum momento teve que transbordar corpo afora.