quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Meu caso de amor com uma velha

Eu ando nas ruas de cabeça baixa ou olhando reto. Fazendo mil planos. De quem serei, do que farei. De como mudarei o mundo, do quanto permitirei a ele me mudar. De como serei útil. Enquanto andava uma velha passou por mim. Não era bonita, nem feia, não era pobre, mas com certeza não tinha dinheiro. Era uma velha. Ela disse: "Bom dia". Sorri. De que adiantam tantos planos e tantas revoluções silenciosas se não se diz Bom Dia? Imaginei quantos Bons Dias ela diz por dia. Imaginei quantas pessoas ela faz sorrir. É, ela é mais útil do que eu.

3 comentários:

Tatiana disse...

O texto foi útil pra mim.
O que te torna útil.

Vou ali dizer "bom dia" a alguém e já volto.

Projeto Reticere disse...

... quando eu morava em Pouso Alegre, cidadezinha do sul da minha Minas, sempre eu ouvia um 'bom dia', e recebia esperando o ônibus, andando na rua, na mesa ao lado onde almoçava... creio que estas cidades do interior ainda guardam essa tradição, esse respeito, esse carinho por quem convive no mesmo ambiente...

Beijão... e bom dia moça.
Gleuber Militani

Daniel Terra disse...

Bom dia!